Não existe nada que possa ser mais valorizado na vida de uma empresa do que uma boa decisão. Por outro lado não existe nada que possa receber mais críticas - e por muito tempo lembrada - do que uma decisão errada. Alguns anos atrás o Sr. Donatelli foi promovido para um cargo de muita responsabilidade dentro de uma determinada empresa. Em função da sua promoção, a ele foi pedido que indicasse uma pessoa para assumir o seu cargo anterior. Ele selecionou três nomes. Todos os três candidatos tinham excelentes qualidades e todos já faziam parte da empresa por vários anos. Antes de tomar a decisão final, Donatelli deu a cada um dos candidatos uma importante tarefa.
Ao candidato "A" foi solicitado que escolhesse a melhor consultoria de marketing para um produto que recentemente havia saído da linha de fabricação. "A" imediatamente ligou para alguns colegas de outras empresas, perguntou qual era a companhia que eles usavam em marketing, analisou e aceitou a sugestão dos seus amigos. Sr. Donatelli eliminou candidato "A" porque ele não fez uma pesquisa pessoal e nem uma investigação personalizada e portanto, ele não poderia ter nenhuma segurança se havia ou não obtido a melhor consultoria para o trabalho. Essa não era a maneira que Donatelli esperava que o seu sucessor agisse.
Ao candidato "B" foi solicitado selecionar o melhor sistema de computadores para a programação de um novo produto. "B" metodicamente recolheu todas as informações possíveis e fez uma profunda investigação. Porém, todas as vezes que Donatelli o pressionava por uma posição ele pedia mais tempo para a concretização da tarefa. Sempre havia necessidade de "uma informação que precisa ser recolhida aqui, outra que tem que ser analisada ali." Donatelli sentiu que não importava quanto mais tempo ele viesse a dar ao "B", o fato é que isso não anularia a sua intensa insegurança e o medo de cometer um erro. Candidato "B" foi eliminado.
Candidato "C" tinha uma reputação de ser uma pessoa ansiosa e ágil. Era uma pessoa tão energética que frequentemente se precipitava em suas decisões e fracassava em examinar um panorama mais abrangente. Donatelli pediu a "C" para desenvolver um plano publicitário e um orçamento para uma nova linha de produto. Candidato "C" compreendeu imediatamente que havia muitas coisas em risco naquela proposta. Ao invés de seguir o seu padrão habitual de conduta, ele marcou um encontro com Donatelli e pediu ajuda a este para aquela delicada tarefa que lhe tinha sido delegada. Essa atitude foi o fator fundamental para que Donatelli tomasse uma decisão. Dos três candidatos ficou evidenciado a Donatelly que "C" tinha o melhor potencial primeiramente porque ele estava altamente motivado e em segundo lugar porque ele tinha um espírito ensinável e estava mesmo disposto a aprender. Candidato "C" foi escolhido para substituir Donatelli.
Se existe uma qualidade que supera a todas as outras em eficiência empresarial é a habilidade de se tomar decisão. Você pode ter o mais sofisticado computador do mundo à sua disposição, ter todas as informações e números que necessita, porém, no final é a ação que irá tomar que irá determinar o seu futuro. Por que? Porque é com a ação - e não com idéias e análises - que você irá ganhar ou perder. Para que uma idéia saia da teoria para a prática são necessários dois passos: Primeiro, você tem que tomar uma decisão. Segundo e igualmente importante: você tem que agir baseado naquilo que decidiu.
Eis aqui um pensamento que vale a pena meditar: "Todas as vezes que você tomar uma decisão, você estará tocando em algo central dentro de você; naquela parte que decide e redireciona alguma coisa diferente do que estava estabelecido anteriormente. Ao tomar a sua vida como um todo, com todas as suas inumeráveis opções,você estará vagarosamente girando este algo central dentro de você em uma criatura celestial ou em uma criatura infernal." C.S. Lewis.
Nélio DaSilva